Fim de ano
De planos, de desenganos
Fim de esperanças,
mudanças, andanças
Fim de tudo que foi
Início do que vai ser
O som e brilho distantes de fogos
Parece que no éter algo se despede
Almas anseiam prendas
Que jamais serão dadas,
Que não acontecem
Desejos se repetem
E nada muda !
Paredes fiéis são a paisagem,
O telefone, mudo, incomoda
O relógio em viagem sem fim é um oráculo.
Prá que sair?
1990 (em uma época de tristeza no coração e desânimo diante da vida)
( do livro Presente da Arara Azul)