Poesia da alegria perdida
O sorriso que se foi mora nas fotografias
Mora nas páginas empoeiradas da infância
Mora no porão frio dos sentimentos contidos
Mora nas portas fechadas pelo cansaço da vida
Mora em todas as coisas que desisti de tentar.
A tristeza apagou a chama perseverante da fé,
E minh´alma ficou vazia feito um vaso em desuso,
Feito um pedinte sem casa, sem pão, sem nada.
Já não há mais dissabor ou frustração, pois estou parado!
Totalmente preso a essa vertigem pavorosa de perder.
Os temores cegam meus passos para o infinito da glória
Tudo que anseio é apenas o silêncio cansado desses ecos
Tudo que almejo é o fim de toda essa solidão.
Quero o embevecimento alheio no ressoar desses versos
Quero findar essa busca agonizante pelo que perdi.
Thiago Cardoso Sepriano