O MORADOR DO ONTEM
Chegada é a hora
do prazer
enquanto não mais sonho.
[Tento!]
Teu cheiro sobre o cheiro do meu corpo
parece de bicho-macho,
quase apressado.
Tua pele, sob e sobre minha pele,
[umedece-me]
leva-me, involuntária,
a movimentos.
[Ardo!]
Aconchegado à mim por horas e horas
qual um fauno a possuir-me
compulsivo
por outras tantas mais
a submeter-me
caprichosa
aos teus respiros
tão ouvidos.
[Devasso!]
Passada é a hora
do prazer
quando não mais te escuto.
[Aflijo!]
Chegada é a hora
da separação,
meu morador do ontem.
[Licença!]