O SOL E EU.
O sol nasceu beijando a moça,
Cheirando a rosa,
E achando pouco
Contou-me em prosa,
Em voz entoada
Quão grandiosa
Era em beleza,
Tua amada.
O sol nasceu sublime,
De um escarlate tão belo
Que me fez ciúme
De tão grandiosa cena.
E achando pouco,
Contou-me ainda,
Quão era tua amada,
Meiga e linda.
Chegou o entardecer,
O sol se foi
Despedindo-se da moça,
Da rosa,
Contando-me em prosa,
Com voz embargada
Por que ir embora
Ao chegar tua amada.
Vendo-me beijar a moça,
Cheirar a rosa,
Lua nasceu
Ouvindo-me em prosa
Ao sol dizer adeus.
(D `EU)