Metamorfose

Seda me reveste, em fios.

Emaranhado a proteger-me

Do sol

Da chuva

Do céu que não vejo

Do frio.

Casulo escuro, mas quente!

Envolve-me

Confunde-me

Sem perigo iminente.

Não grito, escuto

Não corro, repouso

O que ouço, silencio

Sem desespero, espero.

Que a metamorfose aconteça.

Rompendo-se num lampejo

A lagarta desapareça

Arriscando-me aos céus, me vejo.

Voando livre, borboleta.

Léia Batista
Enviado por Léia Batista em 30/12/2008
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