NASCER E RENASCER.

Por quanto tempo inda estarei a tua espera

e a dor atroz que o coração me dilacera

serão estrofes de saudades nestas liras?

Por que me perco pelas dobras do infinito

vagando ao léu por tantas vidas, qual proscrito,

a renascer por entre amores de mentiras?

Às vezes penso que o amor não mais existe,

que é fantasia dum poeta insano e triste

que chora rimas pelas noites consteladas!

È quando a angústia dentro d!alma se me adentra,

estrangulando o coração em dor sangrenta

nesta saudade de almas gëmeas separadas!

Procuro, em vão, pelas estradas nosso amor

que se perdeu nos escaninhos desta dor,

em longa espera neste cèu sem dimensão!

Mas na certeza de seguir no rumo norte,

buscando a vida que se segue após a morte,

eu te acompanho nestes versos de emoção!

Então eu sinto que este amor existe sim,

é doce sina que do berço habita em mim,

é força estranha que carrego de outra esfera!

E fito o céu a reluzir em negro e prata

a me envolver na luz azul que te retrata

emoldurando de ternura esta quimera!

Poema - Apresentação, do Livro "ENTRE JESUS E A ESPADA", romance de Caio Fabio Quinto, psicografado por CHRISTINA NUNES- Lúmen Editorial; 1a ed. 2008.

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 30/12/2008
Reeditado em 10/05/2011
Código do texto: T1359746
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