Os lourinhos
Como é linda a infância!
Eles vão sorrindo,
Sempre achando graça,
E voltam sorrindo,
Sem dar importância
Ao tempo que passa.
E esses dois lourinhos!
Esses menininhos!
Ah! Que bom sentir
Esse vento puro;
Ter aquele medo
Quando está escuro.
- Vem, vamos sair
Que ainda está cedo.
Esses menininhos!
Esses dois lourinhos!
-Vem fazer canoinha
(Um deles falava)
Pra gente brincar.
Cada um arrumava,
Ia pra piscininha
Para navegar.
E esses dois lourinhos!
Esses menininhos!
- Meninos! É tarde.
(Era alguém chamando).
- Xiii! Mamãe chamou.
(O maior falando).
- Relógio covarde!
(O outro reclamou).
Esses menininhos!
Esses dois lourinhos!
Sujinhos viviam,
Na areia brincando,
Ou mesmo correndo,
E com pneus rodando.
Assim divertiam,
E sempre vivendo.
E esses dois lourinhos!
Esses menininhos!
Tão alegres eram
Que riam à-toa.
Viviam contentes,
A vida era boa.
E sempre quiseram
Estarem viventes.
Esses menininhos!
Esses dois lourinhos!
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(Poema escrito em 17/11/1973, aos 15 anos de idade)
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