HOMICIDAS
Me mate como achar melhor!
Não me importo...
Permanecerei vivo no todo nunca sempre!
Me corte a alma e jogue meu corpo na sarjeta
Ou na cova como bem quiser...
Eu morrerei... Disso não duvido!
Mas morrer é apenas não mais viver em farrapos!
Posso morrer em corpo, em alma,
Mas a poesia tem a sina de ressuscitar, de imortalizar...
... De matar... De matar!
Mata podres n’alma encarnado no sangue negro covarde!
Um poeta nunca morre! A poesia é sempre vida!
O poeta é a alma viva... Sempre viva!
O corpo da poesia é um corpo que nunca morre,
É um corpo que nunca perece...
... É um corpo que nunca é enterrado!
Pode me matar quando quiser!