ANJOS DA MORTE
Quando a insônia velar a noite por nos
Como o arcanjo da guarda e da brisa de uma voz
Ou como uma menina que grita agita e canta uma sonolenta
Canção que nos traz a morte.
Ou como os anjos que na sombra de uma vida se matam e vão até
A loucura... Anjos loucos do céu; Diabo que canta uma triste melodia
Nas alvas dobras de um lençol de água como se fossem sonhos desta vida.
Vinde... Fantasmas de ilusões...
Vinde como o gênio da noite; Que desata o véu de rendas sobre a espádua nua.
Venham fantasmas... Eu voz amo...
Ainda são os anjos de meu passado que desfilando vão...
P.S. Qualquer semelhança com a poesia ‘ANJOS DA MEIA NOITE’
De ‘CASTRO ALVES’ não é mera coincidência.
E parodia mesmo.
Do livro Mundo Terra poemas. Graf. Real. 1985