O semblante da ternura.
Eu sou o tudo e sou o nada
Sou o verso e sou a poesia
Sou a partida, a chegada
Sou a madrugada fria.
Sou a distancia amarga
Que nasceu pra separar
Sou a caricia que afaga
sou quem nasceu pra te amar.
Eu sou a folha caida
A merce do vento impetuoso
Sou a história esquecida
Um diamante precioso.
Sou o sonho de uma noite
Escura fria e chuvosa
Sou a ventania,um açoite
Castigando a linda rosa.
Sou o que não queria ser
E sou o que muitos pretendiam
Sou a ansia de viver
E sou datas que não se adiam.
Sou o menino tão carente
Sou a frase da oração
Sou aquele que humildemente
Doa um singelo coração.
Do presente eu sou o papel
Do chocolate a doçura
Eu sou o amargo do fél
O semblante da ternura.