LEMBRAR, CELEBRAR
Ceia o poeta à meia luz e em silêncio
Devora o amor servido na fotografia
Revive a última distância onde beijou...
Vai das bandejas até o portão da casa
Esquece demoras, esquece encontros,
Acena alegrias e pulso descontrolado!
Sorri, porque poeta sempre sorri ali,
Nas horas em que embarca divagações
E os outros ao redor da mesa ignoram!
Esculpe um rosto na rocha da lembrança
É quem nele flutua, por quem ele espera
Ir longe, ir distante, ir ao próprio coração!