O que lhe devo?

O que lhe devo?

O que escrevo?

Alguma tola satisfação?

Em que relevo você altera

a sua própria oscilação?

Planícies ocultas escondem seus medos?

Não sou eu um de seus segredos.

Permaneço às claras, exposto.

Não tenho vontades, sigo meus gostos

e saboreio ao fel com o teor da doçura.

Loucura?

Não compactuo.

Aturo os seus desvarios.

Por enquanto.

No meu canto.

Sou eu quem me suporta

quando as datas vencem os dias

e rejeitam os meus vazios.

O que lhe devo?

Prescrevo.

POETA VIRTUAL
Enviado por POETA VIRTUAL em 27/12/2008
Reeditado em 11/07/2013
Código do texto: T1355392
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.