O que lhe devo?
O que lhe devo?
O que escrevo?
Alguma tola satisfação?
Em que relevo você altera
a sua própria oscilação?
Planícies ocultas escondem seus medos?
Não sou eu um de seus segredos.
Permaneço às claras, exposto.
Não tenho vontades, sigo meus gostos
e saboreio ao fel com o teor da doçura.
Loucura?
Não compactuo.
Aturo os seus desvarios.
Por enquanto.
No meu canto.
Sou eu quem me suporta
quando as datas vencem os dias
e rejeitam os meus vazios.
O que lhe devo?
Prescrevo.