Busca...

Perde-se a alma em vários cantos

Prantos e suposições.

Corre-se em voltas e meias voltas

E vaga-se ao léu de deu em deu

Em busca do que está perto,

Do que é o centro, ponto de partida.

Calçam-se os pés com asas de voar

Para cima e não para dentro,

Adiando a resposta desejada.

O rumo é perdido.

Vencido é o ânimo e o pensar

Prostrado diante do ser e do não ter.

È assim que se vê a mente

Que sente à hora de findar o duelo

Entre machucar os pés na trilha pedregosa

Ou alçar vôo e entregar-se ao devaneio,

Vôo sem escala, sem nunca parar,

Pois não haverá lugar seguro,

Nem braços a proteger do medo,

Nem olhar cúmplice de amparo.

Só restará o confronto

De um ser dividido,

Invadido por suas intermináveis

Batalhas entre mente e coração,

Sabendo que nenhum dos dois

Poderá sair vencedor.