NAU SEM RUMO
Cônscio de minhas vontades
naveguei nos mares das verdades,
aportando de minhas amarguras
ao ancorar de minhas torturas.
A Nau que navega nas calmarias
e nas ondas das revoltas,
é a mesma que rasga os ventos
trazendo-me novo alento
Chega após grandes tempestades
trazendo a bonança,
suavizando-me a alma,`
é a estiagem das lágrimas,
que me enternece e acalma.
Aportas em meu peito
de um inigualável jeito
em mim farás amarras,
como nó de Marinheira
ancorarás em mim por inteira.
A solidão agora se esvai
como as marés que chegam e sai,
mas deixa o suave perfume da brisa,
que com ela me abraça,
me regozija.