Chama vaidosa

Na fogueira do ego a força da união é cinza!

Soterra seus suspiros.

Suas aspirações.

Suas solidões.

Fogo que queima e não ilumina.

Triste chama que passa pela pele.

Que marca na alma...

Que a força repele.

Como viajem de cocaína.

Queima sem calma.

O espírito queima.

Queima, queima e queima!

Onde o eu se assassina.

O ego infla e a menor picada o estoura...

E o grito de sua fraqueza ressoa...

As chamas tomam todas as lavouras.

Afasta qualquer pessoa.

Chamas de fome duradoura.

Não pode ficar consigo.

Não se encontra, espantou seus amigos...

Para o ritual se apronta...

Mais a fogueira não ilumina.

É vaidosa, brasas duvidosas.

Faz dele apenas cinzas.

Queima e não ilumina.

Brasa impiedosa!

Chama vaidosa!