Volta andorinha
Volta, andorinha, às regiões primeiras
A estas plagas que já foram tuas...
Vem povoar de som as nossas ruas
E chilrear, de novo, nas paineiras...
Vestido novo trouxe ao arvoredo
A primavera linda! Deslumbrante!
Se o povo sofre e já esperou bastante,
Por quê não voltas? Tens acaso, medo?!
Aqui ninguém te odeia. Vem, te peço.
Atende este pedido que te faço.
Ressurge, novamente, em nosso espaço.
Ensaia, desde já o teu regresso.
Quando cair a tarde em seu jazido,
Dobrando a esquina azul dos horizontes,
Quero te ver surgir por trás dos montes,
Voltando, pois ao ninho teu antigo...
E, nesse instante em que a natura chora
E, tristemente, vai plangendo o sino
No vasto céu azul e purpurino
Quero te ver travessa como outrora
Cortando a solidão que anda lá em cima;
Que vai da terra ao céu, ao infinito,
Enquanto eu, daqui debaixo, aflito,
Procurarei para os meus versos, rima.
E, os palmeirais hão de ficar contentes!
Os bosques menos sós, menos tristonhos!
Jardins despertarão, como de sonhos,
P’ra te acolher, felizes, comoventes!...
E o povo, alegre, há de cantar nas ruas!
Campinas toda ficará em festas,
Pois, à cidade o nome teu emprestas,
Delicadeza e amor sempre insinuas!...
E, vibrarão os vates suas liras,
Empoeiradas já, quase esquecidas,
Serão do canto, novamente, erguidas
Cantando os versos que só tu inspiras.
Portanto, volta. Te suplico agora.
Não vivas, andorinha, longe, ao léu...
Vem adejar de novo, em nosso céu...
Apaga o pranto que este povo chora...
A tarde está tão linda e já desmaia!
A noite se entrevê, calma e serena!
Vem respirar a brisa olente e amena,
Nos braços da “Princesa do Atibaia”.
Novembro de 1963.
Volta, andorinha, às regiões primeiras
A estas plagas que já foram tuas...
Vem povoar de som as nossas ruas
E chilrear, de novo, nas paineiras...
Vestido novo trouxe ao arvoredo
A primavera linda! Deslumbrante!
Se o povo sofre e já esperou bastante,
Por quê não voltas? Tens acaso, medo?!
Aqui ninguém te odeia. Vem, te peço.
Atende este pedido que te faço.
Ressurge, novamente, em nosso espaço.
Ensaia, desde já o teu regresso.
Quando cair a tarde em seu jazido,
Dobrando a esquina azul dos horizontes,
Quero te ver surgir por trás dos montes,
Voltando, pois ao ninho teu antigo...
E, nesse instante em que a natura chora
E, tristemente, vai plangendo o sino
No vasto céu azul e purpurino
Quero te ver travessa como outrora
Cortando a solidão que anda lá em cima;
Que vai da terra ao céu, ao infinito,
Enquanto eu, daqui debaixo, aflito,
Procurarei para os meus versos, rima.
E, os palmeirais hão de ficar contentes!
Os bosques menos sós, menos tristonhos!
Jardins despertarão, como de sonhos,
P’ra te acolher, felizes, comoventes!...
E o povo, alegre, há de cantar nas ruas!
Campinas toda ficará em festas,
Pois, à cidade o nome teu emprestas,
Delicadeza e amor sempre insinuas!...
E, vibrarão os vates suas liras,
Empoeiradas já, quase esquecidas,
Serão do canto, novamente, erguidas
Cantando os versos que só tu inspiras.
Portanto, volta. Te suplico agora.
Não vivas, andorinha, longe, ao léu...
Vem adejar de novo, em nosso céu...
Apaga o pranto que este povo chora...
A tarde está tão linda e já desmaia!
A noite se entrevê, calma e serena!
Vem respirar a brisa olente e amena,
Nos braços da “Princesa do Atibaia”.
Novembro de 1963.