Cântico silencioso
Dói a dor latejada
Sem cerimônia ou razão
Fere a alma calada
Magoa, displicente, o coração
Tortura a mente cansada
Que pensa e repensa essa dor
Segue a vida encharcada
Pelo desejo de amor
E um sussurrar a esperança
Lança-se no espírito aflito
Como abraço que descansa
Como abrigo que é bendito
Silêncio longo e profundo
Parceiro da sabedoria
Colore o entorno do mundo
Porque a cor alivia
Assim é que o sofrimento
Lamento de um coração
É canto entoando ao vento
A ausência de afeição.