Cântico silencioso

Dói a dor latejada

Sem cerimônia ou razão

Fere a alma calada

Magoa, displicente, o coração

Tortura a mente cansada

Que pensa e repensa essa dor

Segue a vida encharcada

Pelo desejo de amor

E um sussurrar a esperança

Lança-se no espírito aflito

Como abraço que descansa

Como abrigo que é bendito

Silêncio longo e profundo

Parceiro da sabedoria

Colore o entorno do mundo

Porque a cor alivia

Assim é que o sofrimento

Lamento de um coração

É canto entoando ao vento

A ausência de afeição.

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 27/04/2005
Código do texto: T13503