TEMPLO VAZIO DA ALMA

Miro o céu noturno

Choro ao ver estrelas cadentes

esmagadas pelo chão

suplicando ao mundo

uma gota de consolação

No templo vazio da alma

a dor se agasalha

nos braços da solidão.

Ecos vazios soam

calada da escuridão

Abutres negros escarniçam

o enrugado coração

Pisam o ser sem compaixão

O olhar congelado

no tempo afoga-se

na taça da desilusão

O pensamento voa solitário

e sem direção

A tristeza chora diante dos sonhos

e recebe a benção da extrema-unção

Beija o adeus de mais uma ilusão !

Recife/PE

Veja a nova Atualização de abril/2006

Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 06/04/2006
Código do texto: T134983