ABSTRATO

Não sou quem pensei que seria,

Nem vejo mais quem eu queria,

ver em meus sonhos todo dia,

mesmo em ilusória alegria.

Acordo com diferente dia,

mas sinto a luz que irradia.

Das manhãs com névoa fria,

o amanhecer me dá alegria.

Perambulo pela tarde vazia,

sob o Sol causticante que ardia.

Em calor que queimava a pradaria.

e no calvario eu me sentia.

Mulher? so mesmo a minha Maria,

por ela de amores eu sofria.

Sofrimento atôa, pois bem sabia,

que era só eu que ela queria.

Na vida de lavorista eu fazia,

Para a labuta do dia a dia,

Entre uma roça e outra plantava

colhendo o que dava e comia.

Me recolho, vem ai noite fria,

rezo o terço para Santa Maria,

Pois sei que ela, sempre me vigia.

e se não velasse o que de mim seria?.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 23/12/2008
Reeditado em 19/04/2009
Código do texto: T1349356
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.