DESCRENÇA
DESCRENÇA
Hoje nâo posso escrever...
doi demais a ausência anunciada;
cega fui em acreditar que poderias voltar;
o que se vai para sempre não retorna
essa é a verdadeira dor do amor que se esgota.
às vezes me pergunto sabendo a resposta;
como alguém que ama se esconde da amada?
mentiras, tudo que se vive sâo mentiras;
nâo se pode mais acreditar na vida...
No espelho da alma, enganar é fantasia.
Passo pela vida recolhendo escombros;
de seres que se condensam em covardias;
tristeza que choro pela perda
da coragem, do sonho, em nostalgia
de olhar teu rosto e ver pedaços etéreos de felicidade perdida.
Chora coração que se quedou no pranto;
dos cacos da vida que perderam o encanto
de acariciar o corpo da amada embriagada em pranto
que fechada está ao receber amor do amante.
MÁRCIA ROCHA
23/12/2008