Bolha de Sabão
A bolha de sabão voa límpida,
Tranqüila pelos ares,
Refletem em si as cores do arco-íris
Cheio de matizes a brilhar,
Transparente, cintilante
Voa confiante,
Com cores tênues
Mas, mesmo assim radiante,
Até em uma calha pousar
E vir a estourar,
Pobre bolha, pois a se expirar,
Nada mais de cores,
Só ficaram dores
De quem a estava observar,
A pequenina bolhinha
Jaz caída numa ínfima gotinha,
Já não pode mais voar
Tão pouco brilhar,
Mas de repente,
Oh, está voando novamente!
De forma diferente,
Mais leve, mais transparente,
Pois agora é vapor,
Vai subindo para o céu
Toda contente,
Triste foi p'ra quem ficou,
Que ao ver a bolha estourar
Pois se a chorar,
Sem se quer imaginar que a bolha continua a voar,
E que um dia depois de a nuvem encontrar,
Aquela bolhinha, ínfima gotinha,
De uma forma diferente,
Em chuva vai voltar.
Nunca se perde... aqueles que amamos