O Xamã de Dionísio
A serpente!
A pequena serpente letal...
Acreditou que por isso os lagartos dançam
e as borboletas bailam.
Mas no agora acredita que é parte da natureza bela.
Está por ela.
Não crê no antigo pensamento arbitrário; é nela.
Nela flutua e até sua arrogância se cansa
Na rede da humildade balança...
No amor, na fé, na esperança.
Na dor, nas festas, na miséria e na bonança.
Não diz que a vida é só isso ou aquilo...
Pois do balanço se vive caindo.
Diz: “Bonito é se levantar chorando ou sorrindo”.
Prepara-te para um novo impulso
Um impulso para o céu batendo os pés no chão.
Projete-se da rede ou se jogue em vão...
Manter ou alternar o ritmo...
Balançar para além do ceticismo e do místico.
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