Julgamento
Não aponte os meus defeitos,
Como se os pudesse ver.
O que são defeitos realmente,
Senão as diferenças, entre mim e você?
Não me imponha as suas verdades,
Como se as minhas estivessem distorcidas.
O que são verdades exatamente,
Senão mentiras consentidas?
Não me julgue finalmente,
Nem a mim, nem a ninguém.
Julgue a si, se necessário,
Mas com sutileza também.
Pois triste de quem se ilude,
Na certeza de que nunca errou.
O que é o certo ou o errado
Senão a sentença de quem julgou?