Julgamento

Não aponte os meus defeitos,

Como se os pudesse ver.

O que são defeitos realmente,

Senão as diferenças, entre mim e você?

Não me imponha as suas verdades,

Como se as minhas estivessem distorcidas.

O que são verdades exatamente,

Senão mentiras consentidas?

Não me julgue finalmente,

Nem a mim, nem a ninguém.

Julgue a si, se necessário,

Mas com sutileza também.

Pois triste de quem se ilude,

Na certeza de que nunca errou.

O que é o certo ou o errado

Senão a sentença de quem julgou?

Léia Batista
Enviado por Léia Batista em 21/12/2008
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