Que a nossa luta seja de paz pela Paz!

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O que há para o momento
 

Há o Natal dos descontentes,

Que aprendem a gratidão
Pela boca de inocentes,
Que peregrinam por pão.
 
Há o Natal da esperança
Vista na televisão,
Se a Luz a pobreza alcança
Ama-se o distante irmão.
 
Há o Natal da piedade,
Com exercício e oração,
Pouco importa se a bondade
É por culpa ou compaixão.
 
Há o Natal dos desvalidos,
Que da Mãe buscam o perdão,
Ou da vida algum sentido
Para o enfado e a ilusão.
 
Há o Natal do bom ateu,
Que vive a estender a mão,
Praticando o sonho meu,
Que vivo em contemplação.
 
Há o Natal dos que perderam
A poesia num roldão,
Mas que nunca esmoreceram
Escrevendo em mutirão.
 
Há o Natal do otimismo,
Pois não há escolha não,
Se é da alma ou por modismo
Traz saúde ao coração.
 
Há o Natal do Deus Menino
Para quem se diz cristão.
Vários nomes são divinos,
Única é a Consolação.