DESNUDA
- Inspirado no poema STRIP-TEASE, de Tânia Meneses -.
Desnuda,
a poesia, - deusa libérrima -, me enlaça
num lânguido abraço.
Afaga-me o ego
e, num apego,
nela me debruço
vertendo verso e reverso
entre os meus dedos.
Como pétalas esparsas
em arvoredos,
rimas soltas se entrecruzam
na vertente inglória
rompendo suavemente o véu da memória.
E riem e cantam e choram
rimam, (des)rimam
e o refrão refloram.
No branco papel,
lençol de letras,
manchas de sémen em semântica,
congruências na pele que expele
em orifícios o que expira
e sente sofregamente
a libido da lira.
A poesia, nua,
pede que eu a possua.
Dança e treme,
bilaquianamente sofre e sua,
ritmicamente inquieta
na mente e no coração,
nas mãos do poeta.
- Inspirado no poema STRIP-TEASE, de Tânia Meneses -.
Desnuda,
a poesia, - deusa libérrima -, me enlaça
num lânguido abraço.
Afaga-me o ego
e, num apego,
nela me debruço
vertendo verso e reverso
entre os meus dedos.
Como pétalas esparsas
em arvoredos,
rimas soltas se entrecruzam
na vertente inglória
rompendo suavemente o véu da memória.
E riem e cantam e choram
rimam, (des)rimam
e o refrão refloram.
No branco papel,
lençol de letras,
manchas de sémen em semântica,
congruências na pele que expele
em orifícios o que expira
e sente sofregamente
a libido da lira.
A poesia, nua,
pede que eu a possua.
Dança e treme,
bilaquianamente sofre e sua,
ritmicamente inquieta
na mente e no coração,
nas mãos do poeta.