EL`EM ALMA

Barriga está vazia

O natal já vem

E lá fora chove

a chuva de poema.

O quintal, invisível,

acho que molhado

e folhas e mangas

semi-podres do chão.

Se abre, só,

uma fenda no temporal

um relampejo soa

depois dum clarão.

Dentro do teto

tudo amanhece e cala

gota de éter,

mãos de navalha.

minh`alma vazia,

sem El`em alma.

manter a calma?

nada me sacia...