AS MARIA

AS MARIA

Mário Osny Rosa

Quantas Maria,

Que a vida desafia.

Na cidade e no agreste,

Enfrentando a fome a peste.

Lá vai ela a caminhar,

Pouca coisa a levar.

Nem sei como vai viver,

No rude sertão morar.

Bate de porta em porta,

Será que alguém a suporta.

Ou querem vê-la morta,

A quem isso importa.

No agreste é diferente,

Lá tem pouca gente.

E muita imaginação,

Em cada coração.

As Maria estão vagando.

E pelo mundo rolando.

Só as destemidas,

Que não serão vencidas.

Florianópolis, 14 de janeiro de 2005.

morja@interagte.com.br

Asor
Enviado por Asor em 05/04/2006
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