PSIU, SYL, SALVE!

(Para Sylvia Patricia Grego Lins de Oliveira)

Psiu, Syl, salve!

Vinhas e eu ia...

vinhas do ócio pós cio,

sinhá Sylvinha...

ouve o meu silvo

que assovio cá da selva.

Guerreira tupiniquim

na Bahia, no Brasil

ou mesmo em Pequim

és fortaleza de arrecifes

“arretadamente” cacique!

Admiro esse pique,

curvo-me aos teus pés!

Fada madrinha,

formosura grega,

Iemanjá narcísea

com energia negra

te espelhas no mar

que te inveja!

E dizer-te na poesia

é reforçar com alegria,

que jamais vivi alguém,

convenci uma amazona

ou algo bem madona,

até rainha da zona,

a cavalgar tão bem

este meu caminho

e eu ando sozinho,

no afã de viver-te

pra te vivenciar.

Surgida do nada

és também Pátria & Cia.

Ilimitada!...

Vinda provavelmente

de Vênus,

o teu veneno não mata,

teu carinho,

círculo de um circo de fogo

arde, queima e não maltrata...

corpo, alma a dedilhar num piano

sinfonia calma, oração e salmo,

forte dote: dons de escorpiano.

Quisera, o poeta, esse louco,

pudesse cantar-te em tom rouco

nos teus braços os seus sonhos

e viesses com tuas quermesses

(festas, folguedos, trejeitos, encantos)

de um farto envolver risonho

um poema lírico, um soneto, prece, canto

em concerto tão belo e sinfônico...

Doido, o poeta sobrevive das dores

de seus ternos amores levianos.

Enquanto dure que se faça eterno

na lascívia dos desejos mais profanos!

(Fernando Peltier, 04/06/08)

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 19/12/2008
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