Morrer
Morrer, enquanto estua em minha artéria o sangue...
Enquanto sou desejo... Enquanto sou vontade...
Enquanto a vida não me fez triste e covarde,
Nem meu olhar tornou inexpressivo e langue...
Enquanto os meios busco p’ra alcançar um fim...
Enquanto tenho fé e não me falta o riso...
Enquanto, confiante, no terreno piso,
E, firme, não vacilo e sou senhor de mim...
Janeiro de 1966.
Morrer, enquanto estua em minha artéria o sangue...
Enquanto sou desejo... Enquanto sou vontade...
Enquanto a vida não me fez triste e covarde,
Nem meu olhar tornou inexpressivo e langue...
Enquanto os meios busco p’ra alcançar um fim...
Enquanto tenho fé e não me falta o riso...
Enquanto, confiante, no terreno piso,
E, firme, não vacilo e sou senhor de mim...
Janeiro de 1966.