Minha Rosinha

estou chegando

lá do cataréu,

roça engraçada,

onde sempre tem

gente falando

da vida dos

outros,

igual potros

no cio!

fui buscar rosinha,

mulher e rainha,

coisa fina,

que mora no meu

coração.

um dia,

rosinha me deixou

e veio pra cidade

grande,

cheia de felicidade,

e assim me largou.

agora,

rosinha não quer

mais morar nas

metrópoles,

quer mesmo voltar

pra casa,

meio redimida.

pois ela trabalhava

a noite toda

pra ganhar uns

centavos.

a noite toda,

pau a pau,

lá estava rosinha

abraçada com a

solidão,

quer dizer,

bem sozinha.

se arrependeu,

e pediu pra voltar.

eu deixei,

de bom coração.

afinal,

mesmo

da vida,

rosinha sempre

foi mulher

de palavra,

igual ao ditos

de zebedeu.

coisas da vida,

rosinha já é bem

lida

e sabe contar.

pois, diz

a história,

lá nos parcos

da roça:

quem faz uma vez

quer de sempre

repetir.

feito cachaça

embriagada !

pois,

uma vez

da vida,

feito jasmim

encardido,

nunca mais

redimida !

gosto dela,

e fico assim:

na renda

avermelhada,

da

rodada saia

dela.

zé arvelino,

no final, foi

quem me advertiu

com muito reflexo:

padrinho,

disse ele,

uma coisa

não tem nexo:

e é o danado

do sexo !

José Kappel
Enviado por José Kappel em 05/04/2006
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