TORRENTE

Alvissareira lua que testemunha em meu âmago,

Minha ânsia em atingir o clímax

A poesia jorra a fora, eu em orgasmos múltiplos

Um chafariz de palavras se encontrando e se perdendo

Sou como um domador de feras insanas

Um surfista a cavalgar ondas bravias

Alguns versos, seguro em rédeas firmes

Outros vocábulos, escorrem entre os dedos

Como se fossem areias finas

É tortuoso deveras, por vezes deleite

Êxtase e dor em um só momento

Muitos momentos, rápidos e lentos

Eu procuro a torneira que feche esse vagalhão

Mas trancafia-lo é represar o impossível

Acho que só a morte interrompe o aguaceiro...

Eu acho...

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 18/12/2008
Código do texto: T1341492
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