Entre soluços
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Quero desajudar-me.
Minhas fraquezas pululam;
meu estereótipo é profusão.
Flui o caótico viver,
dificultando minha acomodação.
Sacuda-me, oh vida!
Quero pendular eternamente.
Para um lado.
Para o outro lado...
Avançando dentro do clico.
Quero espreguiçar-me!
No sofá da sala.
Ou no chão, sei lá.
Jaz meu corpo.
Minha alma, esta levita!
Meu espírito, ah!
Ele trafega por entre as agruras.
Quero queimar-se.
Despencar das alturas.
E no abismo,
entre soluções,
perder-me na dúvida.
Quero, droga, é dormir.
Nijair Araújo Pinto
Crato-CE, 16 de dezembro de 2008.
19h45min
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