MINHAS DUAS VIDAS
Meus olhos são fronteiras entre o que quero e o que tenho.
Todas as vezes que os abro, assassino meus anseios.
Minhas duas vidas, em vã peleja, disputam tal limite.
A vida carnal que vivo e sinto e a ideal que não existe.
Sendo-me negada a vida que almejo, decidi em sonho a viver;
Pelo dia vivo a vida que é real, pela noite vivo a vida que quis ter.