CORTINADO
Teu corpo
Por entre as redes do cortinado parecia uma boneca, uma boneca mulher.
Infiltravam-se os raios de sol embebendo aquele corpo súbito de linda mulher,
Cabelos negros esbaldavam no travesseiro de cetim.
Seu sono parecia sereno.
E aqueles seios tão lindos, tão pequenos e indefesos
Tive que me conter por um momento
E um calor queimou-me o peito.
Nunca vi nada mais excitante
Havia perdido a consciência e com meus olhos cheios de lagrimas e um estranho
Peso no centro do coração.
Eu... desejei que aquela linda mulher na tela do cinema fosse minha.
Do livro Mundo Terra poemas. Graf. Real. 1985