“DE PROFUNDIS”
“DE PROFUNDIS”
Dormia a noite mais cedo
que a manhã já era tarde
se os dias sentiam medo
de acordar em liberdade.
Acordar entre palmeiras
sem o canto dos sabiás!
Despertar horas inteiras
sem saber se havia paz.
Baionetas eram mudas
porém falavam caladas
e cegas ouviam surdas
os gritos das alvoradas.
De profundis a absolvo
a despeito da saudade
de recomeçar de novo
por falta de liberdade!
Afonso Estebanez