“DE PROFUNDIS”

“DE PROFUNDIS”

Dormia a noite mais cedo

que a manhã já era tarde

se os dias sentiam medo

de acordar em liberdade.

Acordar entre palmeiras

sem o canto dos sabiás!

Despertar horas inteiras

sem saber se havia paz.

Baionetas eram mudas

porém falavam caladas

e cegas ouviam surdas

os gritos das alvoradas.

De profundis a absolvo

a despeito da saudade

de recomeçar de novo

por falta de liberdade!

Afonso Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 14/12/2008
Código do texto: T1335597
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