LUAS IMAGINÁRIAS

Duas luas imaginárias:

os teus olhos que não compreendo;

finjo que não te vejo,

finges que não estás me vendo.

Sinto que me notas

por baixo dos cílios, furtivamente,

teu vestido é muito mais belo

que um sol poente.

Segue a tarde, um sol meio baixo,

é bela a tua sombra esguia,

pelos beirais das casas simples

vai fugindo o dia.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 04/04/2006
Reeditado em 06/04/2006
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