MIL VEZES MAR
Tempo, o tempo que
parece que não tem medidas...
Esse retornar infinito.
Essa inconstância doce, meiga, má.
Minha forma de chamar
a quem amo, com todo carinho
por nome grandioso,
mas acolhedor...
Tempo, esta enormidade
que nos engole...
Que não nos questiona
acerca do queremos.
Não deixa que nos acolhamos
sem ter de pagar
tristezas pelo caminho
por surpresas de carinhos...
Terror tempo que não deixa
e que nos permite flutuar...
Tempo tenro, mais coerente,
rebelde, infinito – mil vezes mar.