Neros
Tocamos flauta e berimbau
Tem vala negra, lá no quintal
Tiramos som do violão
Morre menino de inanição
Eu me divirto em um sarau
Sofre menino, lá no sinal
Dançamos xote, frevo, baião
Não alimento o meu sertão
Tocando harpa somos iguais
julgamos todos, uns animais
Me perguntaram o que eu quero
Quis ser o cristo, porém, sou nero.
Tocamos flauta e berimbau
Tem vala negra, lá no quintal
Tiramos som do violão
Morre menino de inanição
Eu me divirto em um sarau
Sofre menino, lá no sinal
Dançamos xote, frevo, baião
Não alimento o meu sertão
Tocando harpa somos iguais
julgamos todos, uns animais
Me perguntaram o que eu quero
Quis ser o cristo, porém, sou nero.