DEDICATÓRIA A UMA ÁRVORE
Sabe foi numa
Destas tardes
Coloridas, agitadas
Sabe foi num 21 de setembro
Ao pôr - do sol.
Numa sexta-feira
O homem novamente
Foi mais longe.
Mais forte mais covarde.
Sabe, parece que não
Mas estou falando de uma
Morte, de um assassinato
Em plena avenida, de uma cidade
Assim cheia de heróis derrotados
Sabe foi numa sexta-feira.
Ela se agitava para lá e para cá.
Era toda verde, alta, grande,
Também forte, mas
Perante as leis dos homens
Que para mostrar uma propaganda
Que vem lá do oriente.
Em plena Av. Weimar Torres
Num pôr - do sol.
Resolveram atacar um pobre
Indefesa arvore.
Sim ela não está mais lá.
Mas seu espírito da vida
Sua sobra ainda nos abençoa
E pela
Mão de um santo qualquer
Ela longe estará.
Mas,
Oh! Minha árvore querida
Outra árvore nascerá.
Do livro Mundo Terra poemas Graf. Real. 1985