PARA VIVER

Derrotado, perdido.

Jurei mentiras.

Dias após dia,

Como num teatro

Todos acreditaram

Em mim, rompi tratado.

Mas mesmo assim, é preciso.

Ser assim, mesmo derrotado.

Desesperado e envolto

Em tempestade, jurei.

Não estar vencido, quebrei.

A lançar lancei no espaço

No fim do dia, meu sangue,

Suave, no silencio.

Da consciência, um grito,

Um desabafo perdi a vida.

Quando este amor,

Mimoso em órbita

Infinita se perder pelo espaço

E este facho de amor.

Reacender na terra

A chama da fé.

Suavemente a doce mensageira,

Das sombras da morte!

Vinde levantar – nos do

Nosso cárcere.

Como uma gruta desamparada,

Nas sinfonias de nossas almas.

Do livro Mundo Terra poemas Graf. Real. 1985

NOSREDNAW
Enviado por NOSREDNAW em 12/12/2008
Código do texto: T1331934
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