PARA VIVER
Derrotado, perdido.
Jurei mentiras.
Dias após dia,
Como num teatro
Todos acreditaram
Em mim, rompi tratado.
Mas mesmo assim, é preciso.
Ser assim, mesmo derrotado.
Desesperado e envolto
Em tempestade, jurei.
Não estar vencido, quebrei.
A lançar lancei no espaço
No fim do dia, meu sangue,
Suave, no silencio.
Da consciência, um grito,
Um desabafo perdi a vida.
Quando este amor,
Mimoso em órbita
Infinita se perder pelo espaço
E este facho de amor.
Reacender na terra
A chama da fé.
Suavemente a doce mensageira,
Das sombras da morte!
Vinde levantar – nos do
Nosso cárcere.
Como uma gruta desamparada,
Nas sinfonias de nossas almas.
Do livro Mundo Terra poemas Graf. Real. 1985