Não mediram as conseqüências

E não mediram as conseqüências

Nenhum deles. Nenhuma delas

Enquanto minavam o solo da Arcádia

Contaminavam resolutos

Impunes por dias, meses, anos

Impregnaram o solo

Poluíram o ar

Se sentia

Mas não se definia

Só a sensação dos demônios persistia

Não mediram as conseqüências

Nem deram valor ao sentido da vida

Enquanto destruíam o sopro da harmonia

E então veio o inesperado

E tomados de surpresa

Se depararam com seus destinos

E tentam avaliar as conseqüências

Mas como não souberam medi-las

Não terão permissão para avaliá-las

Só sentirão seu peso

Eterno, constante, inclemente

e inutilmente tentarão escapar

O sopro expele agora o fel

de dentro do solo impregnado

e será constante até o final dos finais

sem inícios, eliminando os demônios

que eliminaram vidas

Para Sempre

Ana Maria Bruni
Enviado por Ana Maria Bruni em 12/12/2008
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