Não mediram as conseqüências
E não mediram as conseqüências
Nenhum deles. Nenhuma delas
Enquanto minavam o solo da Arcádia
Contaminavam resolutos
Impunes por dias, meses, anos
Impregnaram o solo
Poluíram o ar
Se sentia
Mas não se definia
Só a sensação dos demônios persistia
Não mediram as conseqüências
Nem deram valor ao sentido da vida
Enquanto destruíam o sopro da harmonia
E então veio o inesperado
E tomados de surpresa
Se depararam com seus destinos
E tentam avaliar as conseqüências
Mas como não souberam medi-las
Não terão permissão para avaliá-las
Só sentirão seu peso
Eterno, constante, inclemente
e inutilmente tentarão escapar
O sopro expele agora o fel
de dentro do solo impregnado
e será constante até o final dos finais
sem inícios, eliminando os demônios
que eliminaram vidas
Para Sempre