Coroa de Flores
Escrevo à morte
Escrevo à sorte
E até mesmo a quem não vale a pena.
Escrevo desabafo
Rabisco um cansaço
Traço injúrias a quem tem a alma pequena.
Sem pausa pro café
Escrevo até onde der
Ultrapasso as linhas que me são dadas.
Escrevo pra ela
Na cor amarela
Pra que não me destaque as horas dedicadas.
Corro contra o tempo
Cada dia mais atento
Às falsidades que o mundo eleva em certos momentos.
Nem mais uma serenata
Nem mais uma dedicata
A quem não troca de roupa pra abandonar os ventos.
Que o sol nasça pra todos
Até para os mais tolos
Pois são cruéis os dias que lhe são forjados.
E que um dia tudo vire pó
Até os escritos que eu fiz só
Pra que a verdade e o respeito sejam selados!