A fábula das borboletas negras
Primeiro, eram coloridas...
Assim, daquelas que invadem o peito
causam tonturas
Muitas, muitas!!!
Como se o corpo voasse
Asas para todos os lados
Mas um dia, elas se vão
De tanto rodarem, baterem as asas, torturarem...
Sugam tanto o mel que um dia enfim ele se acaba
As cores se perdem
A força das asas se enfraquecem
As tonturas, já não se elevam as alturas
Agora, vê-se o chão
São elas...
As borboletas negras
Aparecem para mostrar que as cores não são delas
Mas sim, aparecem com o sol
E de que vale as cores para quem não aprendeu a olhar?
esperam por se colorirem de outros tons
Tons misturados pelos nossos dons
Embalados por rítmos de outros sons
As cores são dadas por nós
Vivem dentro de nós
humildes aquarelas humanas é o que somos
pintamos sonhos, como pintamos borboletas
A fábula das borboletas negras
negras por ausência de cor
a espera do tom certo
para cada fase do amor