A fábula das borboletas negras

Primeiro, eram coloridas...

Assim, daquelas que invadem o peito

causam tonturas

Muitas, muitas!!!

Como se o corpo voasse

Asas para todos os lados

Mas um dia, elas se vão

De tanto rodarem, baterem as asas, torturarem...

Sugam tanto o mel que um dia enfim ele se acaba

As cores se perdem

A força das asas se enfraquecem

As tonturas, já não se elevam as alturas

Agora, vê-se o chão

São elas...

As borboletas negras

Aparecem para mostrar que as cores não são delas

Mas sim, aparecem com o sol

E de que vale as cores para quem não aprendeu a olhar?

esperam por se colorirem de outros tons

Tons misturados pelos nossos dons

Embalados por rítmos de outros sons

As cores são dadas por nós

Vivem dentro de nós

humildes aquarelas humanas é o que somos

pintamos sonhos, como pintamos borboletas

A fábula das borboletas negras

negras por ausência de cor

a espera do tom certo

para cada fase do amor

Isabella Fagundes
Enviado por Isabella Fagundes em 12/12/2008
Código do texto: T1331025
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