Brisas
Pela brisa serena, da manhã atrevida,
Pela lembrança do mar, que insiste em mim,
Pelo cheiro do incenso que queima alecrim,
Pelos pingos de tinta, da pena antiga,
Que teimam em versos cansados,
Que buscam o inverno, que brinca
Como folhas nos chãos dos outonos,
Tudo vem pela brisa serena,
Dessa manhã atrevida,
Sou só o instrumento, atento absorvo,
Agradeço a luz, pelo novo da vida.
Tonho França.