FAZ DE CONTA
FAZ DE CONTA
Faz de conta que é setembro
que setembro sempre espera
pelo amor de que me lembro
se em setembro é primavera.
Faz de conta que é alvorada
com auroras sempre abertas
e que a minha alma fechada
transponha a aurora deserta.
Se meu deserto é sem água
sou meu setembro sem flor.
Flor que rego com a lágrima
dos meus espinhos de amor.
Só faz de conta que lembro
que teu coração me espera
regressar como o setembro
para a tua primavera...
Afonso Estebanez