Sou você.

Sou a insulina em tua veia.

Busco o sol pra te aquecer.

Sou a chama que incendeia.

Dou a mão pra lhe erguer.

Sou a carícia em teus cabelos.

Tua força, a mola motriz.

Sou quem ouve teus apelos.

Faço o bem que a ninguém fiz.

Sou o suor que não derrama.

Sou o único e todos que tem.

Te dou o amparo na cama,

e fora dela também.

Sou o tempo que não gasta,

só pra lhe ver sorrir.

Sou quem chega e te abraça,

sem te esperar retribuir.

Dou a alma, dou o mundo.

Sou teu ar pra respirar.

Sou a mão por um segundo,

erguida pra te levantar.

Sempre atento quando exige.

Sou teu escudo para a vida.

Quem tuas feridas vive.

Dos teus problemas a saída.

Sou o devoto a ajoelhar.

Em quem joga o desespero.

E se for pra te acalmar,

joga, sou teu travesseiro.

Sou a culpa que era tua,

pois ter culpa não lhe apraz.

Sua ambição nua e crua.

Sou você e ninguém mais.

Velo seu sono pra descansar.

Sou o toque pra sentir.

Corro pra você chegar.

Sou teu "sim" que quer ouvir.

Como esperar que possa ver,

que também preciso de alguém?

Dei minha vida a você,

e hoje não tenho ninguém.

Não encontro uma saída.

Por você vivo um sentido.

Sozinho sem tua vida.

Pois você não a gasta comigo.

Águia Ravel
Enviado por Águia Ravel em 10/12/2008
Reeditado em 26/02/2014
Código do texto: T1328904
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