Atrás da Palavra Perdida...
Fecho os olhos e não durmo
se durmo já não sonho
Quando acordo não enxergo
as coisas como espero
Não encontro o encanto que preciso
Procuro em mim asas pra valer o voar do meu destino
Nessa misera ânsia entro em conflito, saio...
Angario a passos sorrateiros olhares que me tragam atino
Pedem enquanto imploro
Fantasiam enquanto reflito
Sorriem e eu choro
Amam clamam, finjo fujo
Vôo ao encontro de pessoas boas e podres...
Enquanto plenas divago
Quando falam me calo
Se me gritam não respondo
me beijam e não disfarço
Quando é Fevereiro eu quero Março
Se de mim se desfazem eu as abraço...
Rogam pragas e eu bendigo
O que ressuscitam eu aniquilo
Se misturam eu depuro
E no infinito dos meus rumores
deixo beijos e abraços...