Encontro
Se encontrassem as palavras certas,
seriam assim mesmo, erradas.
Esse desatino que me contém
respira saudade!
Inspira esse mar desconhecido.
Essas fases da lua
trazem consigo alguém
que perco
Foge, covarde.
Fica a insaturação.
Meus olhos trazem por si sua fome: a solidão.
Calam-se as bocas e essas palavras, místicas
Quem de nós diria que nada.
Seus cabelos escondem seus cabos
Se um dia aparecessem
estariam em curto
estariam em colisão.
As filosofias, as sócios, as mães, a pressão
Adiante, aquele menino,
um barbante e uma inocência amarrada na corda
Armadilha escondida e as vias do seu coração.
Grande valia se vê, se não vê, e valia.
Marias, suas putas!
Tão breves seriam se pudessem dizer que não.
Como se vive o amor se não assiste contra ou vérsia?
Se conhece a ilusão?
Rimas tardias, precoces, ritmo fora, acato, frio, ah!
E essa superficialização?
Minhas palavras não destacam a vida,
não explicam e não admitem teoria.
De tão breve que sou
me dou o direito de olhar, me tiro o direito de ser.
Essa matéria incomoda
E se encontrassem a palavra certa,
Ah...eu pediria perdão.