MARCO-ZERO

Converges

Desconcertante

À minha pessoa

Quando me sorris

Tuas palavras loucas

De rimar idéias.

E se diletas,

Eis que assim te apartas

Da grande massa

Onde eu não te vejo.

Vê(?) que exponencias

Minhas variáveis

Nesse teu sorriso

De desnudar almas?

Vê(?) que tangencias

Minha sanidade

No limite ambíguo

Das tuas palavras?

Olha e vê(!)

Que o que eu vejo

Desde quando eu nada via

– marco-zero do meu desejo –

Tem corpo de poesia,

E carne,

E gozo,

E boca,

E beijo.

Dalila Langoni
Enviado por Dalila Langoni em 02/04/2006
Código do texto: T132508