MARCO-ZERO
Converges
Desconcertante
À minha pessoa
Quando me sorris
Tuas palavras loucas
De rimar idéias.
E se diletas,
Eis que assim te apartas
Da grande massa
Onde eu não te vejo.
Vê(?) que exponencias
Minhas variáveis
Nesse teu sorriso
De desnudar almas?
Vê(?) que tangencias
Minha sanidade
No limite ambíguo
Das tuas palavras?
Olha e vê(!)
Que o que eu vejo
Desde quando eu nada via
– marco-zero do meu desejo –
Tem corpo de poesia,
E carne,
E gozo,
E boca,
E beijo.