CÚMPLICES DA PAZ
CÚMPLICES DA PAZ
Feliz eu de ter parado
aquele último canhão...
O amor me ia do lado
e duas rosas na mão...
Feliz do amor que me trouxe
dos escombros da guerrilha...
Converteu-me o sal em doce
e meu charco em maravilha...
Feliz do quanto os espinhos
que extraíram de minh’alma
remarcaram meus caminhos
com sangue tinto de calma...
Feliz que enxergo de costas
para ver quem fui de agora...
E meus olhos têm respostas
como cúmplices da aurora...
Feliz eu de ter amado
se por tanto fui capaz
meu amor seja legado
ao sangue de sua paz...
A. Estebanez
(A Che Guevara – in memoriam)